segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Big Brother Brasil, verdades dos BBB


Vinte e nove milhões de ligações do povo brasileiro votando em algum candidato a ser eliminado do Big Brother Brasil.

Vamos colocar o preço da ligação do 0300 a R$ 0,30. Então teremos… R$ 8.700.000,00

Isso mesmo! Oito milhões e setecentos mil reais que o povo brasileiro gastou (e gasta) em cada “paredão”!

Suponhamos que a Globo tenha feito um contrato “fify to fitfy” com a operadora do 0300, ou seja, ela embolsou R$ 4.350.000,00 somente em um único paredão.

Alguém poderia ficar indignado com a Rede Globo e com a operadora de telefonia ao saber que as classes menos letradas e abastadas da sociedade, que ganham mal e trabalham o ano inteiro, ajudam a pagar o prêmio do vencedor e, claro, as contas dessas empresas.

Mas o “x” da questão, caros leitores, não é esse.

É saber que paga-se para obter um entretenimento vazio, que em nada colabora para a formação e o conhecimento de quem dele desfruta; só mostra a ignorância da população, além da falta de cultura e até vocabulário básico dos participantes e, consequentemente, daqueles que só bebem dessa fonte.

Certa está a Rede Globo. O programa BBB dura cerca de três meses. Ou seja, o sábio público tem ainda várias chances de gastar quanto dinheiro quiser com as votações.

Alías, algo muito natural para quem gasta mais de oito milhões numa única noite. Coisa de país rico como o nosso, claro.

Nem a Unicef, quando faz o programa Criança Esperança, com um forte cunho social, arrecada tanto dinheiro.

Vai ver, deviam bolar um “BBB Unicef“. Mas tenho dúvidas se daria audiência. Prova disso, é que na Inglaterra pensou-se em fazer um Big Brother só com gente inteligente. O projeto morreu na fase inicial, nos testes de audiência.

A razão? O nível da conversa diária foi considerado muito alto, ou seja, o público não se interessaria.

Programas como o BBB existem no mundo inteiro, mas explodiram em terras tupiniquins, um país onde o cidadão vota para eliminar um bobão (ou bobona) qualquer, mas não se lembra em quem votou na última eleição.

Que vota numa legenda política sem nunca ter lido o programa do partido, mas que gasta seu escasso salário num programa que acredita de extrema utilidade para seu desenvolvimento pessoal e, que não perde um capítulo sequer do BBB para estar bem informado na hora de PAGAR por seu voto.

Que eleitor é esse?

Depois, não adianta dizer que político é ladrão, corrupto, safado, etc… Quem os colocou lá? Claro, os mesmo eleitores do BBB.

Ai, aguente os Severinos “Mensalinho” na presidência da Câmara dos Deputados, e a cara de pau, digo, a grande ideía dele foi propor aumento astronômicos de salarios de deputados.

Mas o eleitor não deve ligar mesmo. Afinal, ele tem R$ 8 milhões para numa única noite se divertir (?!?!) ao invés de comprar um livro de literatura, filosofia ou qualquer assunto relevante para melhorar a articulação e a autocrítica.

Chega de buscar explicações sociais, coloniais, educacionais.

Chega de culpar a elite, os políticos, o Congresso.

Olhemos para o nosso próprio umbigo, ou o do Brasil.

Chega de procurar desculpas quando a resposta está em nós mesmos.

A Rede Globo sabe muito bem disso, os autores das música Éguinha Pocotó, O Bonde do Tigrão e assemelhados sabem bem disso; o Gugu e o Faustão também; os gurus e xamãs de auto-ajuda idem.

Do jornalista José Nênumani Pinto


O texto não é dessa versão do Big Brother Brasil. Mas, precisava?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Festival de Jazz e Blues - Guaramiranga


Misturando sons, o Festival Jazz & Blues chega a sua 9ª edição com a diversidade que o acompanha desde sua criação. Durante o carnaval, representantes locais, nacionais e internacionais do jazz, blues e MPB passarão pelos palcos do Festival. Mas as atrações não param por aí. Representando toda a cultura nordestina, importantes nomes da música regional também terão seu espaço nos palcos da acolhedora Guaramiranga neste carnaval.

É o caso dos tradicionais Irmãos Aniceto, que com seus pífanos, zabumba, tarol e pratos, levaram o som cabaçal para além das fronteiras brasileiras. Já toda a personalidade da sanfona será representada por Rodolf Forte, um dos mais ferrenhos defensores do acordeão, explorando as diversas possibilidades de timbres e repertórios a partir da sanfona.

Entre os internacionais, está o “papa” do blues, J.J. Milteau. Considerado o melhor harmonicista de blues na França, Milteau será acompanhado pela guitarra do também francês Manu Galvin. Direto do Senegal, os Irmãos Guissé trazem em sua melodia toda riqueza da cultura senegalesa e do oeste africano.

O som brasileiro subirá aos palcos com o virtuoso violino de Nonato Luiz, o bandolim de Hamilton Holanda, a gaita de Jefferson Gonçalves e as envolventes letras de Ivan Lins.
A voz feminina também se fará presente ao som da paulistana Nicole Borger. Representando o Ceará, será a vez do som de da nova geração com Felipe Cazaux, Bob Mesquita e a Dunas Jazz Band.

http://www.jazzeblues.com.br/2008/index.php
Foto: João Paulo Fernandes